segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

AMARRAS INVISÍVEIS



Estamos presos ao trabalho, aos estudos, ao lugar onde moramos. Subjugados à nossa condição de seres humanos, estamos presos a um nome que nos deram, a uma nacionalidade, a educação que recebemos, à necessidade de comer e tirar algumas horas de sono.  Presos a rotina, ao dia-a-dia.

Mas existem outras prisões que nos colocam em xeque.
Os  medos, desgastes emocionais, falhas e tristezas passadas, nos aprisionam de forma paralisante.
Ficamos sufocados numa prisão invisível. Tomamos decisões que não nos agradam, deixamos de ter planos pessoais, jogamos fora sonhos pelo temor de que não sejam alcançados. Ficamos condenados a essa prisão sem grades e a sofrer os efeitos de nossos pontos fracos, lembranças e derrotas passadas.

Não basta apenas saber disso, é preciso romper, cortar as cordas que nos prendem nessa prisão sem limites físicos. Prisão do pensamento. Prisão invisível. Como libertar-se disso? Não sei. Procuro uma resposta, não encontrei ainda. Não é fácil mudar, exatamente pelo fato de sermos humanos e possuir uma complexa maneira de lidar com cada situação.

Estou no meu esconderijo, quero ficar assim até ordenar meus sentimentos, até as coisas fazerem sentido e estar em condições de ressurgir.  Vou ficar aqui no meu mundo, procuro a solidão.

"Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar." Anais Nin