sexta-feira, 2 de julho de 2010

Se

Se...

Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora...
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho.  Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída."



Mahatma Gandhi

sexta-feira, 16 de abril de 2010

ARREPENDIMENTO



Se pudéssemos adivinhar o quanto uma simples opção pode prejudicar todo o resto de nossas vidas, muitos sofrimentos seriam evitados. As conseqüências são imprevisíveis quando se fala em sentimento. Apostar em um relacionamento é uma escolha difícil e quando se faz isso jovem, não se tem a mínima dimensão de nossa escolha. Do quanto isso vai interferir eternamente em nossas vidas.
Quando se vê que não deu certo e como as conseqüências são irremediáveis, sente-se uma sensação muito ruim porque a aposta foi alta demais. Consumiu o tempo de uma vida. Pesa muito saber que várias pessoas sofrem em razão de uma única opção errada. E não tem mais como consertar. Nada mais vai alterar essa sensação, nem um recomeço. Isso eu chamo de arrependimento.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ama-se...


“Ama- se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera."


Arnaldo Jabor


terça-feira, 16 de março de 2010

PREMIO CRIATIVIDADE


Recebi esse Prêmio de minha grande amiga Fabiana do blog http://sateliteabduzido.blogspot.com/.
Obrigada Fabinha beijossss.

terça-feira, 2 de março de 2010

Amor Maiúsculo

Um senhor idoso estava atrasado para chegar ao asilo onde sua esposa estava internada com Mal de Alzheimer em estado avançado. Diariamente tomava café da manhã com ela.

Perguntei se ela ficaria ansiosa pelo seu atraso ele disse:
- Não. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.

Estranhando, lhe perguntei:

- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?

Ele sorriu e dando-me uma palmadinha na mão, disse:

- É . Ela não sabe quem eu sou, mas eu, contudo, sei muito bem quem é ela.

Essa é a classe de amor que eu quero para a minha vida.

"O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico. O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e... do que já não é..."

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Buen Camino II


"A necessidade de levar toda a minha bagagem dentro duma mochila, o peso que as coisas têm quando as levamos nas costas; me ensinou que para viver precisamos de muito pouco."

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Buen Camino!



Em junho de 2009 fiz o Caminho de Santiago de Compostela. O caminho francês, uma das rotas mais extensas e bonitas. O ponto de partida foi Saint Jean-Piet-de-Port (França), foram quase 800km de caminhada, uma média de 25km por dia, durante 35 dias até chegar em Santiago.

Situada abaixo da Via Láctea, Santiago de Compostela tem uma localização geográfica privilegiada, por ser um dos pontos de maior energia e vibração da Terra. Uma região muito rica em mitos e lendas, de milagres e crenças. A Galícia, aonde ela se situa, foi terra da civilização Celta - uma das primeiras no mundo a dominar a arte da magia e do ocultismo. Na Idade Média essa região (assim como uma parte da Irlanda) foi eleita por bruxas e druidas como local preferido para habitar e desenvolver a sua arte.

Posso dizer é que de fato é um caminho mágico! Não vi nada sobrenatural, nem precisou.  Durante o Caminho, se vivencia uma sensação de plenitude e bem estar constantes, que transcende a qualquer explicação racional ou científica imaginável. Sabe-se que, dentre outras coisas, esta sensação de permanente satisfação é decorrente do nível elevado de endorfina endógena liberada em nossa circulação, que faz com que o ato de caminhar seja sempre prazeroso, apesar de toda a dificuldade e sofrimento enfrentados.

Estar afastado de todos os problemas de ordem pessoal ou profissional, em contato próximo e direto com uma natureza bonita e diversificada, com uma cultura diferente e atraente, e pelo fato de se caminhar grande parte do tempo de forma solitária, faz com que cada um de nós entre em introspecção; passe a comungar com outros canais que extrapolam a nossa vontade ou consciência. Funciona quase que como uma auto-análise existencial.

Nesse processo ri e chorei, vivi uma oscilação de sentimentos intensos - momentos de imensa alegria e uma paz indescritível, ao lado de momentos de tristeza e dor.

Nesse mês que passei caminhando pelo interior da Espanha, com certeza percorri o caminho dos meus valores, subi as colinas dos meus medos, visitei os vales dos meus sonhos. Uma viagem diferente de todas que fiz antes, descobri muitas coisas sobre eu mesma que não sabia.

Fazer o Caminho de Santiago implica em se estar envolvido por uma atmosfera de compromisso, de solidariedade, de resignação, de coragem, de determinação e de respeito ao próximo e à natureza. Enfim, de se deixar envolver por sentimentos de fraternidade e se despojar do individualismo e de sentimentos de egoísmo e intolerância, que possam estar presentes em nossos corações.
Uma vivência impossível de descrever e completamente inesquecível.

“O que a memória amou fica eterno."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Muitas saudades...


Certa ocasião, quando eu era pequena - pessoas mais chegadas e "engraçadas" dizem assim: então foi ontem. Dãã. Muito sem graça... só porque sou baixinha! Voltando ao assunto, eu era pequena e como toda a criança tem uma fase que adora brincar dentro do carro, não foi diferente comigo. Numa dessas, apertei o polegar na porta do carro, na parte interna, onde é maior a pressão, pelo menos parece que é. Meu dedo ficou literalmente uma folha de papel de tão esmagado. Abri um berreiro, doía muito. Como minha mãe sempre foi muito assustada para qualquer machucado nosso, sempre tive horror de mostrar para ela um arranhão, fazia um estardalhaço que me apavorava - me levava a pensar que ia morrer.  Naquela situação do dedo amassado pela porta, mesmo com toda a dor que sentia, rezava para ela não vir me acudir. Não queria ver a expressão dela com a nova imagem de meu polegar. Na gritaria que eu fiz, surgiram todos os habitantes da casa de praia correndo, o primeiro da fila era meu pai. Senti um grande alívio! Meu pai sempre foi tranqüilizante para mim em todas as horas da minha vida. Como sinto saudades disso tudo!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010


"Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!"
Clarice Lispector

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lendo o blog da Martha Medeiros tomei conhecimento de um site espirituoso que publica frases que iniciam com eu te amo, mas....concluindo com algum hábito, no mínimo, irritante sobre a pessoa que amamos. Exemplo: eu te amo, mas você pendurou sua foto de formatura na parede. No blog a autora propõe uma inversão: invés de colocar o que nos incomoda no nosso amor, colocar o que ele se incomoda conosco. Achei legal a brincadeira e aderindo deixo umas possíveis frases que ele (hipoteticamente) poderia escrever a meu respeito.

Eu te amo, mas você não gosta de comida japonesa, eu te amo, mas você é desorientada no trânsito; eu te amo, mas você não gosta de carnaval; eu te amo, mas você não dorme abraçada; eu te amo, mas você não toma cerveja; eu te amo, mas você tem um blog; eu te amo, mas você só compra alimentos orgânicos. Isso é apenas uma amostra...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

AMARRAS INVISÍVEIS



Estamos presos ao trabalho, aos estudos, ao lugar onde moramos. Subjugados à nossa condição de seres humanos, estamos presos a um nome que nos deram, a uma nacionalidade, a educação que recebemos, à necessidade de comer e tirar algumas horas de sono.  Presos a rotina, ao dia-a-dia.

Mas existem outras prisões que nos colocam em xeque.
Os  medos, desgastes emocionais, falhas e tristezas passadas, nos aprisionam de forma paralisante.
Ficamos sufocados numa prisão invisível. Tomamos decisões que não nos agradam, deixamos de ter planos pessoais, jogamos fora sonhos pelo temor de que não sejam alcançados. Ficamos condenados a essa prisão sem grades e a sofrer os efeitos de nossos pontos fracos, lembranças e derrotas passadas.

Não basta apenas saber disso, é preciso romper, cortar as cordas que nos prendem nessa prisão sem limites físicos. Prisão do pensamento. Prisão invisível. Como libertar-se disso? Não sei. Procuro uma resposta, não encontrei ainda. Não é fácil mudar, exatamente pelo fato de sermos humanos e possuir uma complexa maneira de lidar com cada situação.

Estou no meu esconderijo, quero ficar assim até ordenar meus sentimentos, até as coisas fazerem sentido e estar em condições de ressurgir.  Vou ficar aqui no meu mundo, procuro a solidão.

"Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar." Anais Nin